A conexão que estabelecemos com a música é instantânea. No caso do reggae, suas cores estão profundamente ligadas à Bandeira da Etiópia, país que teve Hailé Selassié, originalmente Tafari Makonnen, como imperador. Selassié foi deposto por militares rebeldes em 1974, encerrando um dos reinos mais antigos do mundo, o reino de Axum. Ele foi o último imperador de uma dinastia que afirmava ter raízes que remontam a mil anos, com Menelik I, seu antepassado, considerado filho do Rei Salomão de Israel e da Rainha de Sabá, segundo a Igreja Ortodoxa da Etiópia, que acredita que a Arca da Aliança está escondida na região. Hailé Selassié é reverenciado por seus seguidores, os Rastas, como a representação terrena de Deus (Jah). Essa crença, fundamentada em interpretações próprias da Bíblia, influenciou muitos artistas do reggae. O movimento Rasta também abraçou o pan-africanismo, defendido por Marcus Garvey, que pregava a união dos povos africanos e o retorno dos descendentes espalhados pelo mundo ...