Você já parou para pensar que, assim como nossas impressões digitais, cada colar tem uma identidade própria? Quando confecciono um colar, ele carrega não apenas um simbolismo especial, mas também uma singularidade que nasce de um processo natural e artesanal. Talvez você já saiba, ou talvez não, mas os símbolos que compõem minhas peças são criados com metal — mais especificamente, alumínio — e não são aplicados com tinta. Isso garante que o desenho permaneça intacto por muito tempo, sem se apagar ou perder sua essência com o passar dos anos.
O processo de aplicação do alumínio é feito a frio, usando uma técnica de prensagem sobre a madeira. Essa é a parte em que a natureza entra em cena. Eu não controlo como o metal se molda às fissuras naturais da madeira. Cada fissura, cada veia, cria uma trama única, fazendo com que o alumínio se ajuste de forma imprevisível. É como se a própria madeira conversasse com o metal, criando uma história única para cada peça.
Essa fusão entre madeira e metal é muito mais do que apenas um processo criativo; é uma conexão entre os ciclos naturais e o trabalho manual. Meus colares, ou melhor, amuletos lunares, são criados em sincronia com as fases da lua, o que adiciona ainda mais magia e significado a cada peça. Cada fase lunar representa um ciclo de produção, e o resultado final é sempre uma surpresa, assim como a vida, cheia de nuances e detalhes que fogem ao nosso controle.
Portanto, cada colar é uma expressão individual de história e natureza, como a impressão digital dos nossos dedos: único e impossível de ser repetido.